Existem os donos da verdade. Os que se julgam acima dos demais e, nesta condição, dispostos a criticar, culpar, julgar e condenar. Capazes de tudo para crescer e aparecer. Até colocam palavras na boca dos outros.
Chegam disfarçados. Perigosos são aqueles que chegam na condição de conhecidos e se acham no direito de definir o certo e errado. Na concepção deles, estão acima de qualquer suspeita. Julgam-se infalíveis. Analisam a vida do outro e sabem tudo profundamente.
Outras vezes aparecem na pele de ex-marido ou de ex-mulher e nesta condição, aparecem na condição de expert em relacionamentos e defeitos. Dos outros, claro. E quando amigos ou conhecidos dos ex, piorou. Por saber detalhes saborosos daquela relação, rompida muitas vezes há tempos, são plenos de informações comprometedoras.
Pena que sempre há os dispostos a ouvir. Sem estes, não teriam platéia para divulgação e montar pontes de informações, vulgarmente chamadas fofocas.
Um amigo foi vítima de um caso destes e achei interessante contar. Faço referência às pessoas envolvidas, com nomes fictícios.
Luis Carlos tem cinquenta e poucos anos, divorciado, gosta de cinema, teatro, escreve com texto até razoável, lê muito e é servidor num órgão público federal. Certo dia esperava na fila para comprar ingresso a um filme no Parkshopping, quando reconheceu um ex-colega de trabalho do qual há muito se afastara.
Descobriram-se ambos descasados e, como Luis Carlos e Diógenes, se conheciam da época de casados com outras mulheres, a conversa correu sobre as agruras da vida a dois, das dificuldades das relações e de como as separações influenciam os familiares dos ex-companheiros.
Em determinado momento, Diógenes desandou a falar da família da ex-mulher do Luis a qual conhecia. E falou tudo que veio a cabeça, desabafou mazelas passadas, as festas em família regadas a chopp e churrascos e teceu comentários maldosos sobre a vida dos membros, só sabidas por quem convivera por longa data.
Luis Carlos assustou de tanto falatório. Desculpou-se que o cinema começaria em instantes e entraria cedo, apesar da poltrona numerada, mesmo sabendo que o tempo que faltava era bastante.
- Um mês depois - falou-me Luis Carlos - recebi um recado da minha ex-mulher para que parasse as fofocas sobre a família. Espantei-me e após muito pensar, descobri o motivo. O Diógenes, que também é amigo dela, falou tudo o que conversamos no encontro do cinema. Com apenas um detalhe: me referenciou como autor das observações.
Diógenes falara da família da ex-mulher de Carlos, atribuindo a este o falatório.
Existem tratados sobre este tipo de comportamento. Falei ao Carlos que mais cedo ou mais tarde as coisas se encaixarim. “Que no andar da carroça as abóboras se acomodam.”
Luis Carlos espantou com o fato da ex-mulher acreditar nas conversas.
- Emprestar ouvido a fofocas é contribuir com a poluição sonora que habita a audição. E fechou o assunto:
- É uma mulher madura e deveria ter assuntos mais importantes para cuidar na vida do que ouvir fofocas de ex-marido de amigas.
Chegam disfarçados. Perigosos são aqueles que chegam na condição de conhecidos e se acham no direito de definir o certo e errado. Na concepção deles, estão acima de qualquer suspeita. Julgam-se infalíveis. Analisam a vida do outro e sabem tudo profundamente.
Outras vezes aparecem na pele de ex-marido ou de ex-mulher e nesta condição, aparecem na condição de expert em relacionamentos e defeitos. Dos outros, claro. E quando amigos ou conhecidos dos ex, piorou. Por saber detalhes saborosos daquela relação, rompida muitas vezes há tempos, são plenos de informações comprometedoras.
Pena que sempre há os dispostos a ouvir. Sem estes, não teriam platéia para divulgação e montar pontes de informações, vulgarmente chamadas fofocas.
Um amigo foi vítima de um caso destes e achei interessante contar. Faço referência às pessoas envolvidas, com nomes fictícios.
Luis Carlos tem cinquenta e poucos anos, divorciado, gosta de cinema, teatro, escreve com texto até razoável, lê muito e é servidor num órgão público federal. Certo dia esperava na fila para comprar ingresso a um filme no Parkshopping, quando reconheceu um ex-colega de trabalho do qual há muito se afastara.
Descobriram-se ambos descasados e, como Luis Carlos e Diógenes, se conheciam da época de casados com outras mulheres, a conversa correu sobre as agruras da vida a dois, das dificuldades das relações e de como as separações influenciam os familiares dos ex-companheiros.
Em determinado momento, Diógenes desandou a falar da família da ex-mulher do Luis a qual conhecia. E falou tudo que veio a cabeça, desabafou mazelas passadas, as festas em família regadas a chopp e churrascos e teceu comentários maldosos sobre a vida dos membros, só sabidas por quem convivera por longa data.
Luis Carlos assustou de tanto falatório. Desculpou-se que o cinema começaria em instantes e entraria cedo, apesar da poltrona numerada, mesmo sabendo que o tempo que faltava era bastante.
- Um mês depois - falou-me Luis Carlos - recebi um recado da minha ex-mulher para que parasse as fofocas sobre a família. Espantei-me e após muito pensar, descobri o motivo. O Diógenes, que também é amigo dela, falou tudo o que conversamos no encontro do cinema. Com apenas um detalhe: me referenciou como autor das observações.
Diógenes falara da família da ex-mulher de Carlos, atribuindo a este o falatório.
Existem tratados sobre este tipo de comportamento. Falei ao Carlos que mais cedo ou mais tarde as coisas se encaixarim. “Que no andar da carroça as abóboras se acomodam.”
Luis Carlos espantou com o fato da ex-mulher acreditar nas conversas.
- Emprestar ouvido a fofocas é contribuir com a poluição sonora que habita a audição. E fechou o assunto:
- É uma mulher madura e deveria ter assuntos mais importantes para cuidar na vida do que ouvir fofocas de ex-marido de amigas.
As mulheres maduras certamente estão preocupadas com o que realmente lhes interessa, seja pra ouvir, seja pra falar ... sem julgamento, sem condenação e jamais "donas da verdade", apenas criticando positivamente e negativamente, se necessário for e de acordo com cada situação.
ResponderExcluirEu costumo dizer uma coisa: boca fechada, além de não deixar o sapo sair, não entra mosca!
Parabéns pelo blog, meu sogro!
Aqui deixo partes de meu aprendizado com o viver. Abraço.
ExcluirO duro é saber que a fofoca acomete crianças, adolescentes, adultos e idosos. Afffffff...
ResponderExcluirDepois que disseram que fofocar faz bem ao coração, tem gente em franco tratamento diário.
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