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terça-feira, 16 de agosto de 2011

TERMINOU A PENSÃO ALIMENTÍCIA. E AGORA?


(foto: google imagens)

O fim do prazo de pagamento da Pensão Alimentícia aos filhos de pais separados é sempre traumático. De um lado, os filhos consideram a PA como direito adquirido e reclamam ao se aproximar o fim. Em contrapartida, estão os pais, orgulhosos, acreditando no potencial de independência dos rebentos, principalmente se graduados.
O final do recolhimento acontece aos 21 anos ou aos 24 se o alimentado cursar faculdade. Satisfeitas as condições e concluído o curso superior, a Justiça entende que se criaram meios do alimentado concorrer no mercado de trabalho.
Há jovens que acham que o prazo poderia ser estendido. Sentem o poder aquisitivo cair e, como a única solução é encarar a adolescência perdida e suar a camisa trabalhando, clamam pela permanência do beneficio.
As alegações costumam ser as mais variadas. Falam até sobre “o que os amigos dirão se encostarem o carro e passarem a andar de ônibus?” Mas o cordão umbilical precisa ser cortado um dia. A hora pode ser esta.
Quem dá tudo aos filhos e esquece de dar a si mesmo, não garante que terá o amor deles. Pode até se tornar um joguete e criar manipuladores ambiciosos.
A pensão alimentícia é um valor estipulado pelo juiz, devido ao jovem para manter a subsistência digna e de acordo com as condições do pagador. Deve ser prestada pelo cônjuge que não pode mantê-lo sobre seu teto. Hoje, com a guarda compartilhada, as despesas podem até ser divididas entre as partes.
Alguns alimentados reclamam quando neste momento ainda estão fora do mercado de trabalho. O ideal é que planejem o ganho financeiro de forma a suprir logo ao término da PA. O estágio nos dois últimos anos do curso é boa solução e necessidade a ser levada em consideração.
Pais comprometidos com a educação passam mensagens otimistas após a finalização da obrigação legal. Entendem que terminada a fase da formação, os dependentes devem seguir sós na busca da independência. Acreditam na formação e na capacidade deles de serem absorvidos pelo mercado de trabalho.
Pelo contrário, aqueles que continuam a fornecer um valor mensal, na forma de mesada, passam a impressão de não acreditar no potencial do filho. Afirmam, com esta atitude, que nem mesmo a formação contribuiu para o rapaz seguir seu caminho. É como rotular o jovem adulto de incapaz de se assumir independente. Isto esmorece o adulto em formação logo no inicio da luta pela vida.
Aquele que preenche todas as necessidades dos filhos, tirando seus estímulos para o crescimento e luta, tira a capacidade de lidar com fracassos, contribui com a baixa auto-estima e sustenta o medo de correr riscos. Alimentando a timidez, fortalece a formação de jovens desanimados pela falsa impressão de poder ilimitado para concretizar sonhos e batalhar por conquistas.
As escolhas devem ser feitas por eles e não por pais superprotetores, que ao morrerem deixam filhos perdidos, sem ação sobre suas vidas.
A superproteção é a pior atitude de pais que querem a boa formação da personalidade dos filhos. Satisfazer todos os desejos bloqueia a capacidade de proteger-se, de suportar mau tempo e administrar decepções.
É o caminho certo para formar adultos ansiosos, emocionalmente flutuantes, autoritários e inseguros.


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