(Foto Google Imagens)
A morte prematura de Amy Winehouse, aos 27 anos, acende sinal de alerta e faz refletir sobre a missão do ser humano. Todos têm algo a realizar em diferentes fases da vida. O preparo muitas vezes pode ser árduo, mas necessário a execução.
A missão de Amy era encantar jovens com música, dizem alguns, mas também de ser exemplo do efeito devastador das drogas no organismo. Em 2007 o pai se despedira da filha, durante internação hospitalar por overdose. E declarações de médicos diziam que “se nada for feito a moça falecerá antes de completar 28 anos”. Precocemente, o organismo dava sinais de enfraquecimento frente ao uso abusivo. Mesmo assim ela compôs a música que pregava a não submissão ao tratamento da dependência. Deixar de tratar-se a levou à morte e serviu de exemplo a milhares de jovens defensores desta postura.
Existe uma ilusão de que as drogas contribuem para ampliar talentos, mas a Medicina tem dados concretos do contrário. Causa atrofia cerebral e há risco de desenvolver esquizofrenia. Sem tratamento, a dependência química provoca doenças e morte prematura.
Mas falava da missão na vida. Os contos de fadas descrevem histórias plenas de atrativos e peripécias dos personagens. São príncipes que enfrentam dragões, enquanto princesas sofrem à espera. O ocaso das missões acontece com “... e viveram felizes para sempre”. A união é o fim da missão? Em vários casos é o princípio.
Os povos orientais, sábios na questão existencial, cuidam com carinho dos idosos, pois é deles a origem do ensinamento. São transformados numa espécie de consultores e servem de exemplo.
Na mitologia existem várias histórias de jovens preparados para grandes lutas. Em uma delas fala do deus Osíris que, traído por Seth, seu irmão, foi morto e teve o trono roubado. Quando o filho único, Hórus alcançou a maioridade, Osíris retornou ao convívio dos vivos e orientou-o a lutar contra Seth e tomar o trono, seu de direito por herança genética. Osíris submeteu o filho a intenso, mas necessário treinamento.
Isto se chama “jornada do herói” completada no embate de Hórus com Seth. O cuidado em prepará-lo mostrou a Hórus que o pai ensinara o necessário em força física e destreza mental, para levá-lo a um final vitorioso. Foram oitenta anos de luta quando finalmente, com a vitória de Hórus, o trono lhe foi entregue. Ao vencer a batalha, reinaria com bondade e justiça. A batalha com vitória foi seguida por um reinado justo, outra missão de Hórus.
O final raramente coincide com a morte do herói.
Amy Winehouse, não fosse o cerco de pessoas que a jogavam em palcos sem condições de cantar, tinha muito a fazer. Submetida sem nenhum pudor a vexames que quase macularam a reputação artística, teve comprometida a saúde física e mental. E com a omissão de alguns e a ganância de outros, morreu precocemente.
Os pais devem agir nestas situações. A omissão pode ocasionar a falência do jovem num mundo que não foi preparado para enfrentar. E isto acontece a qualquer tempo, não com ajuda financeira, o menos importante como demonstrou o caso de Amy, mas com cuidados focados na saúde física e mental. O tratamento bem orientado é a única saída nestes casos.
Com tudo que passou a cantora ainda deixou boa parte da missão cumprida. Para os jovens, o legado musical e os efeitos maléficos das drogas. Aos pais, o alerta de que o sucesso é sujeito ao assédio criminoso.
Que o dia dos pais seja de festa para todos. A vitória do amor, do afeto e da harmonia.
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