(Porto Alegre-Arquivo pessoal) |
Estive de férias. Estava desaparecido do convívio por 15 dias a partir do ano novo. Não necessito avisar chefe, pedir licença, ser substituído. Estou em fase de vida que decido, junto com o bolso, onde tirar férias. Algumas vezes fico quieto e assim, curto a casa. Aí, alivio as tarefas, não compareço a reuniões, falto a compromissos. Em férias se fica de papo pro ar.
Fui
ao Rio Grande do Sul e lá, curti a praia de Cidreira, que apresentava, como
sempre, água turva e ondas bravas como, aliás, todo o mar do estado gaúcho. Na
entrada da maturidade, ao decidir veranear, excursionava com amigos em Santa
Catarina, onde o mar, na maioria das praias, é azul e manso. Eram estradas
livres, com pista simples, onde tínhamos cuidado com curvas traiçoeiras que não
impediam as viagens, eventos divertidíssimos desde a saída até a volta apesar
de exaustos.
(Brasília-Arquivo pessoal) |
Porto
Alegre em janeiro e fevereiro é tudo de bom. A cidade fica com trânsito leve e
a balbúrdia ao longo do ano é amortecida consideravelmente pela evasão dos carros
rumo às praias. De acordo com estatísticas, dos cerca de 10 milhões de gaúchos
no estado, quatro milhões se deslocam ao litoral. Imaginem as cidades que de
hora para outra, triplicam suas populações. Porto Alegre pelo contrário, há
fartura. Vagas em estacionamento, lugares nos restaurantes, pistas livres,
enfim a cidade fica entregue aos turistas que, como eu, curtem as facilidades
da capital.
Pude
curtir por do sol e comparei ao de Brasília. Os candangos, assim como os porto
alegrenses, possuem lindo espetáculo. A diferença é que na capital gaúcha há
mais locais para assistir. Pode-se escolher a vontade, desde a Usina do Gasômetro
até o Barrashoping, a orla da Vila Assunção, Ipanema e por aí vai. A beira do
rio é livre e se passeia sem transtornos. O caminho da orla proporciona passeio
tranquilo com vista do astro rei se pondo magnífico do centro a Zona Sul.
(Brasilia-Google Imagens) |
Na
capital candanga, o por do sol na maioria dos locais está restrito a residências
que invadiram a beleza natural na orla do lago Paranoá. Há mansões de três
andares que eliminam a chance da boa vista ou foto. Identifiquei poucos pontos
de acesso a beira do lago. A ponte JK, O Píer 21, O Pontão e a Ermida Dom Bosco
são alguns, nos Clubes o evento é cativo dos associados. Mas porque preocupar
com o sol, se há casarões dignos de fotos? Dirão alguns. Particularmente julgo
a natureza bem mais importante e fotogênica do que qualquer edificação.
Para
ilustrar o que digo, coloquei algumas fotos. Até as ciclovias que iriam margear
o lago Paranoá, não saíram do papel, há cercas e muros que entram lago a dentro
e impedem o livre trânsito na orla.
Porto
Alegre conseguiu se adiantar a esta exploração imobiliária e proporciona a
liberdade do passeio de carro, banhado pelos raios amarelados do anoitecer. Felicito
os gaúchos que sorvem chimarrão a beira do Guaíba ao entardecer. Enquanto isto torço pelos brasilienses. Torço por
um político corajoso que liberte o por do sol, reeditando o projeto das
ciclovias na beira do lago Paranoá, com bancos para a população.
O
sol e o romantismo agradecem.
(Porto Alegre-Arquivo pessoal) |
Feliz
2013 a
todos.
Imagens poéticas...texto vibrante...
ResponderExcluirPara os olhos de quem lê...Um abraço.
ExcluirImagens poéticas...texto vibrante
ResponderExcluirOlá Marco...faz tempo que não venho mesmo te visitar, e , agradeço o convite :)
ResponderExcluirQue bom que descansou e aproveitou os dias em POA. O por do sol sempre nos emociona em qualquer lugar, não é mesmo?
Desejo um ano maravilhoso, cheio de belos descansos, lindas paisagens, com saúde e a pessoa amada ao lado.
Abraços desta amiga do norte!
Olá Lilian. Obrigado e desejo que 2013 seja de harmonia e paz para vocês. Muitos por dos sóis generosos pela frente. Aliás é o que não falta neste norte generoso.
ExcluirMe recordo do por sol no rio Guaiba,RS mas acho o nosso aqui no DF mais bonito. Suas palavras sao lindas !
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