(Google Imagens) |
Viver requer sensibilidade e só vale a pena para os que retiram ensinamentos
diários. Muitas vezes, a sensação é do ontem ser igual a hoje, mas não se
enganem, nada é igual. Estar atento a mudanças, ao novo broto da roseira ou ao
pássaro que protege a árvore porque ali construiu o ninho e depositou o filho,
é sensibilidade e pode ser desenvolvida. Há poucos dias, abracei a responsabilidade
por um pássaro que caiu do ninho e levei muita bicada ao devolver o filhote fujão.
Os pais arriscavam-se, brigavam e xingavam defendendo o rebento.
Além dos olhos, os demais sentidos devem estar atentos. A audição,
o olfato, o tato e o gosto completam os mecanismos de percepção do mundo. Cem
por cento eficazes ajudam no entendimento dos sinais. O resto é sentir.
Uma percepção aguçada e aberta a ensinamentos dispensa alerta de
outras pessoas. A natureza encontra meios sutis de ensinar a quem quer aprender.
Procuro mostrar isto aos filhos. Penso até que consegui, pois os
cinco seguem as lutas diárias e recorrem a mim somente para reforçar
aprendizado. Evitam recorrer ao pai quando o problema é financeiro, pois entendem
que isto é individual, relacionado ao volume de necessidades particulares.
Assim, acredito, se fortalecem para lá na frente, tenho certeza, serem seres
humanos melhorados e compreensivos.
O Natal está aí e com ele, a desmedida deturpação dos valores,
pela carga publicitária que bombardeia a
vontade de presentear e demonstrar amor por presentes. E quanto mais caro mais
amor representa. Nos shoppings, acontece a correria do "compre agora para
não ficar apertado na véspera".
Bons objetos para demonstrar o quilate de amor é o que mais tem.
Para crianças e adolescentes então nem se fala. São Ipods, e-boocks, noteboocks
e por aí vai, cujo objetivo maior é promover o isolamento desde a noite de
Natal, quando imediatamente os presenteados se fecharão nos quartos para melhor
"falar" com os novos brinquedinhos. Pais que cedem a este apelo
deixam aos filhos, o recado de também presentearem com símbolos caros para
quantificar o amor.
E a vida segue e espero dos leitores envolvidos nesta correria as
vésperas de Natal, que entrem no verdadeiro espírito natalino: distribuição de amor
demonstrado por carinho, sorriso e atenção incondicional. Os amigos e familiares precisam mais disto do
que qualquer coisa.
Este é assunto recorrente em meus textos, principalmente quando
chegam datas que a população, bombardeada por vergonhosa inversão de valores,
fica anestesiada pelas mensagens consumistas. Falo incansavelmente, pois
acredito que dia virá que a humanidade abrirá os olhos e não se deixará
enganar, colocando na mesa a independência de raciocinar antes de entrar neste
jogo cruel e massificante. Pelas ruas desapareceram as pessoas originais, a globalização massificou
pensamentos, vestimentas e diversão e hoje é obrigatório ser feliz sob pena de
ser taxado depressivo.
Por fim, melhor do que presentear com dinheiro ou qualquer outro
objeto ao morador de rua, é dar atenção, tratá-lo com amorosidade e encaminhar
aos órgãos de ação social. Entre muitos outros locais está a Comunhão Espírita
de Brasília, na L2 sul – quadra 604.
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