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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

CONHECENDO A AMÉRICA LATINA – PERU – PARTE 2 – LIMA

(Plaza Mayor - Lima Peru - Arquivo pessoal)
O segundo dia em Lima, sábado, estava nublado o que aliviava o clima quente e favorecia os passeios. Sem programação com a empresa de turismo, recorri a gerente do hotel que indicou visitar a Plaza Mayor, onde haveria grande show em comemoração ao aniversário de 480 anos da capital peruana. Ela chamou o taxi e falou o valor a desembolsar em Sol  Novos, a moeda corrente no país. Sem pressa e buzinando até para cachorro que atravessasse a rua, o condutor percorreu o trajeto em trinta minutos. Mais tarde descobriria que o motorista peruano se divide em cabeça, rodas e buzina.
A Plaza Mayor é um enorme espaço cultural no centro da capital, que abriga vários prédios centenários e onde acontecem festividades e shows ao ar livre. Quando desci do carro, o grande palco das festividades de aniversário passava pelas últimas preparações. Enquanto aguardávamos, fizemos o turismo padrão visitando a Catedral e o Palácio do Governo e iniciamos a travessia da Jirón (rua) Carabaya, que dá acesso a estação dos Desamparados, onde, no subsolo,  está a biblioteca Mario Vargas Llosa.
Eram treze horas e o almoço se fazia necessário. A procura de um local tranquilo, aconchegante e pitoresco terminou no Bar Cordano que, com um banner de dois metros de altura pendurado em uma das portas, anunciava a data de inauguração: 1905, portanto, comemorava 110 anos. Entramos. O lugar estava lotado. Cadeiras e mesas de madeira e uma arquitetura centenária com inúmeras fotos de celebridades que ali compareceram. Percorri as mesas com olhos a procura de vaga.  Nossa mesa esperava no meio do restaurante, para onde segui rápido. Pedi prato de peixe a vapor, acompanhado com água sem gás e ficamos a observar turistas que conversavam em altos brados. Vários países do mundo estavam ali representados. Éramos os únicos brasileiros.
Da praça, ouvíamos os primeiros acordes a informar o inicio do show. Uma afinada voz de mulher indicou a qualidade do evento e inundou o bar Cordano. Terminamos o almoço e rumamos à praça. A linda cantora, jovem e loira interpretava um repertório nativo e alegre. Por trás, um grupo de seis bailarinas dançava contagiando os assistentes. O número de pessoas que assistiam a cantora ocupava a frente do palco e se espalhava por todos os cantos da praça. A música entrava alegre pelos ouvidos, e comecei a acompanhar o ritmo. Primeiramente, batendo com a palma da mão aberta na perna, mas logo peguei Malu pela mão e saímos a dançar observados pela plateia solidária que abriu espaço para a dança particular. Foram duas horas de dança e suor em sol escaldante, até entender que o solo aquecido queimava a sola do pé, atravessando os tênis. Hora de parar. O descanso foi num café com ar condicionado, afastado da praça.
Após um breve descanso, hora de continuar. O sol baixara e rumamos a Alameda de Cultura Popular de Livreiros. A ACPL, é uma feira formada por infinidade de barracas, semelhante a Feira dos Importados de Brasília, com a diferença que é dedicada exclusivamente a venda de livros usados. Os preços convidativos me fizeram adquirir vários. Terei oportunidade de esmerilhar o espanhol. Da feira saímos a pé para a Praça San Martin, mas desistimos no meio do caminho. O cansaço do dia foi mais forte e parei um taxi para retornar ao hotel. Negociar preço com os taxistas foi orientação seguida a risca. Perguntava na portaria do hotel o custo da corrida e quando chegávamos ao destino, o conhecimento prévio do valor, nos salvou de muitos dissabores.
Após um pequeno descanso, busquei informações sobre janta típica no hotel e recebi a indicação de um restaurante, onde foi possível experimentar delicioso Anticucho, pedaços de coração de rês, assado em carvão, acompanhado de vinho peruano. Em retorno ao hotel, uma saudável caminhada pelas ruas do bairro Miraflores, ajudou a digestão. Era uma hora da manhã e dormir seria bom preparativo para o dia seguinte.

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