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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MEUS 60 ANOS (28/01/2011)





Quando me dei conta, fazia 10 anos. Queria mais. Queria quinze. Quando fiz quinze, porque não vinte? Com vinte, pensava lá na frente, uns 25, talvez. Aos 25, ganhei consciência e parei de querer mais.
Mesmo deixando de querer mais, os anos se passaram. Permeados de vida, chego aos 60. Reuni meus filhos e netas no Don Francisco do Parkshoping. Nem todos, pois Marcos não se encontrava em Brasilia.
O almoço foi no dia 30 de janeiro, domingo. Marcos, meu filho mais velho não estava. Mora em Floripa e não pode comparecer. O restante lá estava. Fabio com a filha e minha neta Sofia. Karina com sua Taissa, também minha neta. Meus filhos Fernando e Rafaela. Também comemoraram comigo, a namorada Maria Lúcia, sua filha Ana Elisa e o namorado Diego. Minha neta mais velha, Amanda não estava em Brasília e assim perdeu a chance de dar o beijo de niver no vovô. Terá que beijar outro dia quando chegar das férias.
Almoçamos no clima de harmonia e paz como convivem pessoas que se gostam e eu a eles.
Como de praxe, o restaurante permeou o encontro com um saboroso bifê, impecável, composto entre outras iguarias, costelinha de porco, filé, frango e peixe. Adornando o prato com muito verde, a salada composta de várias qualidades de alfaces, tomates, e por aí vai. Ao final, a sobremesa, ah! a sobremesa. Um delicioso doce de leite, pudim de leite condensado, manjar de maracujá e outros que só olhei pois não poderia mais experimentar, tal a satisfação que me acometia. Deixei um espaço gastronômico para o final, pois sabia que Edson Monteschio, dono do restaurante e amigo, me brindaria, como aconteceu, com um deliciosa torta suiça. Todos cantaram os parabéns e assim, sacramentaram meu aniversário dos 60 anos.
A seguir, coloco uma poesia transformada em música pelo romântico Charles Aznavour. Preparei este texto para ler a todos após o almoço, mas esqueci de imprimir e ela ficou apenas na lembrança da mesa. Achei que a letra vivencia alguém que viveu muito e analisou cada instante vivido.
Aconselho a todos que entrem no google e ouçam a magnifica interpretação de Aznavour com sua filhas.

Ainda Ontem

Charles Aznavour

Ontem ainda, Eu tinha vinte anos
Acariciava o tempo e brincava de viver
Como se brinca de namorar
E vivia a noite
Sem considerar meus dias que escorriam no tempo
Eu fiz tantos projetos que ficaram no ar
Alimentei tantas esperanças que bateram asas
Que permaneço perdido sem saber aonde ir
Os olhos procurando o Céu mas, o coração posto na Terra

Ontem ainda eu tinha vinte anos
Desperdiçava o tempo acreditando que o fazia parar
E para retê-lo, e até ultrapassá-lo
Eu só fiz correr e me extenuar
Ignorando o passado, que conduz ao futuro
Eu precedia de mim qualquer conversação
E opinava que eu queria o melhor
Por criticar o mundo com desenvoltura

Ontem ainda eu tinha vinte anos
Mas perdi meu tempo a cometer loucuras
Que não me deixa, no fundo nada de realmente concreto
Além de algumas rugas na fronte e o medo do tédio
Porque meus amores morreram antes de existir
Meus amigos partiram e não mais retornarão
Por minha culpa eu criei o vazio em torno a mim
E gastei minha vida e meus anos de juventude
Do melhor e do pior descartando o melhor
Imobilizei meus sorrisos e congelei meus choros
Onde estão agora, meus vinte anos?

Quem se interessar, pode ver e ouvir no endereço abaixo, copiando e colando no navegador:

http://www.youtube.com/watch?v=sbpJStAWRdM