LEIA TAMBÉM:"ARQUIVO" e "PÁGINAS"

Dificuldades para comentar? Envie para o email : marcotlin@gmail.com
****************************************************

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO

A situação que se apresenta no Rio de Janeiro com a ocupação dos morros pela união da capacidade bélica do estado, é dramática. A Cidade Maravilhosa, plena de encantos mil, transformou-se na faixa de Gaza brasileira. Na versão tupiniquim, de um lado os bandidos organizados há décadas, tomaram as funções do estado usando o tráfico de drogas. De outro as forças de coalizão, formadas pelas Policia Militar, Civil, Exército e Segurança Nacional, na reconquista do controle e devolução aos moradores dos bens que perderam: a paz, a harmonia e a segurança para ir e vir.

É a união do estado federativo contra o crime organizado. Pelo relato nas reportagens e entrevistas, os traficantes eram comandados por esquema bem articulado, vindo dos presídios. Os chefões do narcotráfico carioca, Marcinho VP e Elias Maluco, mesmo presos, obrigavam os comandados do segundo escalão a impetrar inúmeras ações terroristas. Ônibus eram incendiados, lojas saqueadas e a população indefesa permanecia entre o fogo cruzado.

Neste momento, desarticular os bandidos é a principal meta das forças do estado. Primeiramente, há necessidade de neutralizar a disseminação das ordens dos chefões presos, desarticulando o trabalho dos chamados pombos-correios, fiéis escudeiros que levam as orientações dos presídios aos morros. Urge o afastamento dos cabeças presos e das visitas que levavam as ordens e traziam as informações dos súditos.

Assim foi decidido pelos articuladores das forças do governo. Enviaram os mandantes aos presídios de segurança máxima. Localizados em outros estados, estes centros de reclusão possuem bloqueio de celulares e isolamento de convívio, forma legal de neutralizar estes homens que nada tem a perder. Muitos são condenados a amargar dezenas de anos cumprindo penas em regime fechado.

Para desarticular os formigueiros que ameaçam o gramado de minha casa, bato veneno nos buracos de entrada. As formigas, outrora organizadas e ordeiras, seguindo uma linha reta para cortar as folhas e carregá-las para dentro da toca, fogem desarvoradas, sem plano de fuga. A preservação da espécie é o que mais conta. Lembrei disto ao assistir a correria dos bandidos. Quando as forças de coalizão do estado, com método e treinamento, dispararam o plano de ataque, a desorganização da bandidagem ficou clara. Um dos cuidados no ataque foi com relação a reposição de munição. Ao fecharem as entradas e subidas dos morros, os homens do estado garantiram a falta de armamento aos entocados bandidos. Sem chance de recarregarem as armas, sem energia elétrica, cortada após o cerco inicial e com dificuldades até para alimentação, debandaram em fuga ao alto do morro. Antes articulados, morando em casas luxuosas, com piscina e banheira de hidromassagem, abandonaram tudo correndo para fugir do confronto.

A desorganização dos bandidos contrasta com a ordem dos soldados das forças de coalizão. Ocupando o território e montando as UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora, o estado garante ordem aos morros. Desmontar a ocupação dos morros pela bandidagem, desarticulando-os, desordenando suas bases, está garantida a chegada das bases de governo. Com educação, saúde e policiamento social, inicia-se o atendimento aos moradores, função primeira do estado de direito.

O governo prova que, articulado, ganha o respeito da população. O êxito das ações arregimenta o respeito e os moradores em troca, confiando na erradicação do tráfico, oferecem apoio logístico valioso.

Prova disto é a mãe que entregou o filho traficante, o Mister M, a polícia. Foi uma contribuição espontânea com o corte na própria carne para a limpeza do lugar.

A organização das polícias desordena os traficantes. O que antes era a dominação pela força e intimidação, gerando o pânico e uma falsa ordem, está sendo substituída pela organização do estado.

Com a erradicação da bandidagem, o estado tem chance de organizar os morros cariocas. Ninguém esquece que o Rio de janeiro é uma Cidade Maravilhosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é importante